A Necessidade de Existência de Valores Morais Objetivos

É notável a confusão que algumas pessoas fazem ao interpretar bem e mal, em termos psicológicos, negando, assim, sua existência objetiva. Elas afirmam: “O que é bom para mim, pode não ser bom para você”. Em termos subjetivos este enunciado está correto, porém não em termos objetivos.

Acontece que bem e mal são expressões que possuem significados ambíguos e distintos. Dizer que algo é bom, pode significar que uma determinada coisa nos agrada, como ouvir música, por exemplo. Porém, pode significar que determinado ato, muito provavelmente, senão com a mais absoluta certeza, produzirá determinada consequência. Atirar-se do penhasco certamente resultará em morte, salvo se acontecer um milagre.

Então, a proposição “isso é bom” pode significar que “isso me agrada”, ou pode querer dizer “isso acarretará consequências”. No primeiro caso nos referimos ao aspecto subjetivo dos termos bem e mal. Já no segundo, ao aspecto objetivo. É pertinente, assim, diferenciarmos o valor moral subjetivo do objetivo.

O valor moral subjetivo é aquele cuja existência encontra sua origem na mente humana. Valor moral objetivo, por sua vez, é o valor cuja existência encontra sua origem fora da mente humana.

Como todo valor moral é necessariamente pessoal, por pressupor a existência de uma pessoa, e como os valores morais objetivos encontram sua origem fora da mente humana, conclui-se que sua existência tem origem não apenas em um ser transcendente, mas em um ser transcendente e pessoal.