Contrariamente ao que nos é ensinado pela educação sexual, o sinônimo de preservativo não é camisinha, mas castidade. Sim, porque nada preserva mais seguramente nossa saúde contra as doenças sexualmente transmissíveis do que a prática da abstinência. Já a camisinha, seria mais adequada chamá-la de enganativo, porque nada nos engana mais seguramente contra os efeitos deletérios do sexo casual do que seu uso.
O problema do jovem de hoje em relação às DST não está no fato de ele não usar a camisinha durante o ato sexual. Isto é uma mentira veiculada, repetidas vezes pelos agentes da educação sexual, os quais poderiam melhor ser chamados de agentes da deseducação sexual. O problema do jovem de hoje está no fato de ele ser encorajado a tratar a atividade sexual como algo inevitável, o que é evidentemente falso, pois caso fosse verdadeiro todas as leis que criminalizam o estupro deveriam ser abolidas. Se por um lado exigimos autocontrole do potencial estuprador, por outro exigimos que os jovens usem esses pseudopreservativos, ao invés de autocontrole.
Todas as alegadas campanhas de prevenção às DST são disfarçadamente campanhas de incentivo à prática sexual. Sua finalidade não é a de estimular ações que previnam tais doenças, o que pode ser constatado no fato de que nenhuma dessas campanhas incita os jovens a se absterem do sexo casual, nenhuma delas expõe os malefícios do comportamento promíscuo.
Sua finalidade é a de eliminar da consciência do jovem todos os entraves que lhes impedem de praticar o sexo sem a menor preocupação, quer dizer, o jovem é incitado a não se preocupar com as DST desde que use a tal camisinha. Ironicamente a campanha que visa a conscientizar o jovem dos perigos das DST é a mesma que na prática anula essa mesma consciência.
O curioso nessas campanhas é que ela transmite a ideia de que o único comportamento sexual de risco é o comportamento de não usar camisinha. Nada mais parece constituir problema. Ser promíscuo não é problema, problema é não usar camisinha durante as relações promíscuas. Enfim, a educação sexual é um ardil que ao invés de ensinar o jovem a afastar-se do mal, ensina-o a manter-se continuamente próximo a ele desprovido da consciência de sua malignidade.